terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bienal recebe lançamento do livro 'Brasil-Haiti – 101 Histórias. Uma esperança.'

Marcio Duran representando
a ONG Visão Mundial Brasil
No dia 13 de agosto, na Bienal do Livro, lançou-se oficialmente o Brasil-Haiti – 101 Histórias. Uma esperança, novo livro da Garimpo Editorial. O anúncio ocorreu na presença de convidados ilustres e da imprensa.

Estavam presentes Marcio Duran, responsável por Parcerias Estratégicas da ONG Visão Mundial; Ricardo Costa, do site PublishNews, e os autores Claudio Soares (também representante da gráfica Singular), Carlos Nomoto, Valéria Martins e Ramon Mello, além do publisher da Garimpo, Gregory Peck. Todos comentaram sua participação no livro e a importância do projeto no mercado editorial brasileiro.

Brasil-Haiti – 101 Histórias. Uma esperança, mais que um livro, é um grande esforço colaborativo. Ele começou quando o inglês Greg McQueen resolveu, em janeiro deste ano, lançar um livro de contos para arrecadar fundos para o Haiti, que havia acabado de sofrer com o terremoto. A Garimpo Editorial abraçou a idéia de publicar o livro com algumas adaptações para o Brasil, onde o projeto recebeu cerca de 30 histórias de renomados autores nacionais e sua receita
abrangerá também a causa dos desabrigados pelas chuvas no Rio de Janeiro e no Nordeste.


Ricardo Costa, Ramon Mello, Valéria Martins,
Carlos Nomoto, Claudio Soares e Gregory Pek
.

Foi assim que 100 Stories For Haiti virou Brasil-Haiti – 101 Histórias. Uma esperança e ganhou adeptos por onde passou. Os autores dos contos (que são livres, sem relação obrigatória com o Haiti ou o Brasil) cederam os direitos autorais da obra, enquanto todos que participaram de alguma maneira da produção do livro — tradutores, revisores, diagramadores, capistas — prestaram todo o serviço de forma voluntária. Até mesmo a impressão do livro passou pelo voluntariado: a Singular prensou, gratuitamente, a primeira tiragem do livro. A ONG Visão Mundial é a responsável pelo repasse da receita líquida das vendas do livro como doação aos territórios afetados.


A corrente, porém, começa com você. Ao adquirir um exemplar do livro, você contribui para os desabrigados e leva para casa 101 histórias escritas por autores nacionais e internacionais. Faça parte desse esforço! 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Areté 2010 - Garimpo fatura dois prêmios

Um ano de vida na primeira semana de setembro de 2010. Antes mesmo do aniversário, a Garimpo Editorial terá que reservar uma estante no escritório para expor e guardar os Prêmios Areté recebidos ontem, dia 19 de agosto de 2010, na cerimônia de entrega do prêmio promovido pela Asec - Associação dos Editores Cristãos.

A Garimpo atua no mercado de forma abrangente, com seu catálogo formado com títulos de categorias diversas. Em 2009, a Garimpo publicou dois livros voltados para a temática Espiritualidade/Cristianismo e com um deles, Em 6 Passos o que faria Jesus de Paulo Brabo, faturou os prêmios de Melhor Livro de Vida Cristã Aplicada, desbancando contumazes vencedores históricos, e de Melhor Autor Nacional.

Para a Garimpo, um belo começo!!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

João Montanaro autografa 'Cócegas no Raciocínio' na Bienal

O cartunista João Montanaro está lançando seu livro Cócegas no Raciocínio no estande da Garimpo Editorial na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. É o primeiro livro do jovem artista — ele tem apenas 14 anos.


Já foram três sessões de autógrafos (dias 12, 14 e 17 de agosto ) . A quarta – e última! – acontece no domingo, dia 22. João recebe os fãs para fotos e faz um desenho em cada livro que autografa. Trabalheira, não?


Apesar da pouca idade, João já acumula experiência na área: produz cartuns de política para o jornal Folha de S. Paulo (onde também já fez quadrinhos para a Folhinha) e também colabora com a revista Mad. O livro Cócegas no Raciocínio apresenta trabalhos criados pelo autor desde que ele começou a desenhar. A maioria já foi publicada no blog Por João (porjoao.blogspot.com) e é impressa pela primeira vez, mas há também uma HQ inédita, O Astronauta, produzida especialmente para a obra.


O livro conta com colaborações de Adão Iturrusgarai e Orlando Pedroso, mentores de João, e também de outros nomes importantes da HQ nacional como Paulo Carranza e Jean Galvão. É o primeiro trabalho de um autor que promete muitos, então corra e garanta o seu!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Confira a entrevista com a escritora norte-americana Tamara Park, autora do livro 'Encontros Sagrados – de Roma a Jerusalém'

Lançado no Brasil pela Garimpo, a obra conta a aventura de Tamara por espaços de interação entre cultura e espiritualidade. A seguir, ela nos conta como foi essa experiência:

O que você achou do seu livro ser traduzido para o Português? O que os leitores brasileiros podem esperar?

Fiquei emocionada ao saber que o livro estará disponível em Português. Minha esperança é que o leitor se sinta como se estivesse nessa incrível jornada comigo, que minhas perguntas provoquem indagações, e que a história seja um estímulo para conversas significativas com os amigos. Espero que o leitor tenha uma visão maior e mais fiel de Deus, de outras culturas e de si mesmo. Espero que o leitor dê risada (provavelmente vai rir de mim e da minha capacidade impressionante de me meter em confusão, como quando jantei com espiões da Síria). Estou muito honrada, obrigada desde já, e mal posso esperar para visitar seu lindo país... e talvez saborear uma conversa com vocês!

Seu livro mostra uma série de problemas em diferentes culturas, de estagnação econômica a conflitos étnicos. Você pode dizer qual história te tocou mais durante a viagem?

O ponto de vista de Beldad, um vendedor de tapetes na Capadócia, Turquia, foi uma das mais marcantes. Ele dizia que se um muçulmano fosse para sua cidade e não tivesse um lugar para ficar, alguém certamente o hospedaria. E me questionou que se nos Estados Unidos há tantos cristãos, e cristãos ricos, por que há também tantas pessoas sem teto? Essa pergunta me fez engolir num gole o chá que seu ajudante me trouxe e sentar-me em silêncio

Na América, 600.000 pessoas dormem nas ruas. A pergunta de Beldad me levou a indagar se qual era o papel da igreja cristã no mundo. Eu levei essas questões a conversas com um padre católico na antiga cidade de Antioquia, com freiras em Sednaya e na Síria e com um arcebispo grego em Jerusalém. Minha igreja realiza trabalhos com os sem-teto da cidade e aspira conseguir alcançar os marginalizados de forma significativa.

O que representou, na sua vida, a peregrinação feita pelos caminhos sagrados das maiores religiões do mundo?

Foi uma experiência que revelou um dos meus maiores conflitos espirituais. Fiquei exposta a um profundo desejo de não dever nada a ninguém. Essa não é uma visão da qual eu me orgulho. Ao longo da jornada, pessoas de diferentes crenças me presentearam e me acolheram e eu ficava cada vez mais irritada por não poder retribuir tanta gentileza. Meu senso de equilíbrio – e controle – ficou completamente abalado pela generosidade de estranhos.

O curioso é que os significados mais profundos da viagem entraram em foco quando eu já estava em casa. Conforme eu refletia sobre a jornada, descobria que Deus estava comigo o tempo todo e que Ele tinha usado duas das minhas coisas favoritas na vida – viagens e conversas – para Se revelar a mim.

Levando em conta que seu livro é também um guia de viagem, quais lugares são imperdíveis em Roma e em Jerusalém, por exemplo?

Em Roma os locais turísticos (como o Coliseu e a Capela Sistina) são obrigatórios, surpreendentes e irritantes, se você não for um grande fã de multidões te empurrando loucamente. Claro que você deve visitá-los, mas deixe-se apaixonar por Roma em algum lugar menos público.

Coma pelo menos uma refeição sob o brilho das estrelas e ao canto dos ciganos. Descobrimos um lugar perfeito perto do Pantheon. Não perca a oportunidade de conversar com outros peregrinos. Minha visita a Roma foi muito mais memorável porque eu convidei os outros a ela. Convidei estranhos a refletirem sobre uma questão importante para mim. Convido você a fazer o mesmo.

Morei em Jerusalém por um ano, então sinto como se fosse uma segunda casa. Gostaria de levá-los pessoalmente para conhecer pessoas como meus ex-vizinhos palestinos, que amam o futebol brasileiro! Ir a um telhado específico no bairro armênio para ver o nascer do sol sobre o monte das Oliveiras, comprar tâmaras e húmus frescos para o almoço e com o sol se pondo, caminhar até o Muro das Lamentações. Espero que você vá até Roma e Jerusalém, e faça muitos amigos pelo caminho.

Como foi o processo de escrita? Você carregava um diário para fazer anotações?

Gravei entrevistas no meu iPod e num notebook e escrevi ao longo do caminho. Por mil motivos diferentes minha vida tomou um rumo devastador quando voltei da peregrinação. No ano seguinte à viagem, eu chorei mais do que já tinha chorado em todos os outros anos juntos. No entanto, conforme fui relembrando as histórias das pessoas que conheci e fui escrevendo minha própria história, a esperança se renovou. Escrever o livro me trouxe de volta à vida. Gustave Flaubert disse: "A arte da escrita é a arte de descobrir o que você acredita”. Eu certamente tive essa experiência quando escrevi Encontros Sagrados.